O ensino de geometria espacial e volumes sólidos é um dos pilares iniciais para a formação de arquitetos. No entanto, muitos estudantes iniciantes enfrentam dificuldades em visualizar, manipular e compreender espacialmente formas tridimensionais apenas por meio de desenhos técnicos e maquetes físicas.
Nesse cenário, jogos de tabuleiro integrados à realidade aumentada (RA) surgem como soluções inovadoras para transformar o processo de aprendizagem. Eles unem ludicidade, tecnologia e interação concreta-digital, motivando o estudante a consolidar conceitos fundamentais de volume, área e espacialidade com clareza e prazer.
Este artigo apresenta propostas motivacionais e estratégicas para desenvolvedores de conteúdos educacionais em RA criarem jogos de tabuleiro focados no aprendizado de volumes no curso de arquitetura. Explore as ideias a seguir para expandir seu portfólio e impactar positivamente o mercado educacional, criando soluções que alinham inovação, tecnologia e pedagogia aplicável.
O que são jogos de tabuleiro em realidade aumentada para volume
São jogos físicos, impressos ou montados em tabuleiros, que possuem marcadores ou códigos de RA (como QR codes ou marcadores específicos) que, ao serem lidos por um aplicativo ou plataforma de RA, projetam modelos tridimensionais digitais interativos na tela de celulares, tablets ou óculos inteligentes.
Características principais:
- Base física (cartões, tabuleiros ou peças) com marcadores de RA integrados;
- Modelos 3D projetados que podem ser rotacionados, escalados e visualizados em diferentes ângulos;
- Objetivos lúdicos ou desafiadores, como construção, identificação, comparação de volumes e cálculos aplicados;
- Aplicabilidade em aulas presenciais, híbridas ou projetos autônomos de aprendizagem.
Essa tecnologia aproxima a aprendizagem da prática profissional, ao simular softwares de modelagem e visualização tridimensional desde o primeiro semestre do curso.
Benefícios para alunos de arquitetura iniciantes
✔️ Visualização espacial ampliada, facilitando a compreensão de sólidos geométricos e suas relações volumétricas;
✔️ Desenvolvimento de habilidades tecnológicas, essenciais no mercado de arquitetura e construção digital;
✔️ Fortalecimento do raciocínio lógico-matemático aplicado a projetos, cálculos de estruturas e composições volumétricas;
✔️ Engajamento motivacional, pois une jogo, desafio e tecnologia em uma única experiência;
✔️ Preparação para softwares avançados de modelagem, como SketchUp, Revit e BIM, com base sólida em conceitos espaciais.
Estratégias motivacionais para desenvolvimento de conteúdos RA
Segue um guia prático e estratégico para desenvolvedores:
1. Pesquisa de necessidades pedagógicas
Converse com professores e coordenadores de arquitetura para identificar conteúdos com maior índice de dificuldade e potencial de gamificação.
2. Escolha de plataforma de RA
Defina se o jogo será desenvolvido para:
✔️ Aplicativos já existentes de RA (como Zappar ou Augment);
✔️ Plataformas específicas de edtechs;
✔️ Desenvolvimento próprio com Unity + Vuforia ou ARCore.
3. Planejamento de design instrucional
Elabore os objetivos de aprendizagem, progressão de desafios, interações digitais e feedback imediato para o usuário.
4. Prototipagem rápida
Crie versões físicas e digitais de teste, aplicando-as com grupos pilotos para validação de usabilidade, clareza visual e engajamento.
5. Iteração e melhoria contínua
A partir dos feedbacks, ajuste funcionalidades, ergonomia visual, usabilidade técnica e conectividade.
Proposta prática de jogos de volume em realidade aumentada
4.1 Jogo: “Construtor de Volumes RA”
- Descrição: jogo de tabuleiro com cartões de marcadores de RA, cada um representando um sólido geométrico (cubos, paralelepípedos, prismas, pirâmides, cones, cilindros e esferas).
- Dinâmica: os estudantes, em duplas ou grupos, sorteiam cartas e projetam os sólidos em RA, calculando volume, área total e proporções, e respondendo desafios propostos no tabuleiro físico.
- Aplicabilidade: consolidação de cálculos de volume, proporção e composição volumétrica em projetos arquitetônicos básicos.
4.2 Jogo: “Volume Challenge 360°”
- Descrição: tabuleiro com QR codes vinculados a modelos 3D de espaços arquitetônicos (salas, vãos, blocos estruturais).
- Dinâmica: ao acessar o modelo, o estudante deve rotacioná-lo, identificar seus sólidos básicos e realizar cálculos de volume e área útil, aplicando-os a desafios de projeto.
- Aplicabilidade: introdução ao pensamento espacial aplicado à planta baixa e ao volume construído.
Caminhos estratégicos para implementação no mercado educacional
✔️ Parcerias com universidades para teste, validação e implementação piloto em disciplinas de geometria descritiva ou desenho técnico;
✔️ Criação de versões gratuitas com funcionalidades básicas para captar novos usuários e apresentar a solução ao mercado;
✔️ Desenvolvimento de recursos complementares, como fichas de exercícios, guias pedagógicos para professores e vídeos demonstrativos;
✔️ Participação em editais de inovação educacional, ampliando a visibilidade e captação de recursos para produção;
✔️ Expansão para outros cursos, como engenharia civil, design de interiores e matemática aplicada, com ajustes nos modelos 3D e objetivos pedagógicos.
Conclusão
Os jogos de tabuleiro em realidade aumentada voltados ao estudo de volumes para alunos de arquitetura iniciantes representam um salto qualitativo no ensino superior tecnológico. Eles transformam conteúdos abstratos em experiências concretas, interativas e alinhadas ao futuro do mercado arquitetônico digital.
✅ Invista no desenvolvimento estratégico dessas soluções, unindo pedagogia, tecnologia e inovação para impactar positivamente estudantes, professores e instituições, criando um portfólio diferenciado e competitivo no crescente mercado de edtechs.
Perguntas Frequentes
1. Qual software mais recomendado para desenvolver RA para jogos educativos?
Unity + Vuforia, ARCore ou plataformas prontas como Zappar para MVPs rápidos.
2. Esses jogos podem ser aplicados em outras áreas além de arquitetura?
Sim, especialmente em engenharia civil, matemática, design de produto e educação básica avançada.
3. Qual o tempo médio de desenvolvimento de um MVP?
Entre 4 a 8 semanas, dependendo da complexidade dos modelos 3D e interações previstas.
4. Esses jogos requerem óculos de RA específicos?
Não obrigatoriamente. Podem ser projetados para tablets e smartphones com câmeras compatíveis.
5. Há exemplos prontos disponíveis no mercado?
Ainda são raros no Brasil, o que representa excelente oportunidade estratégica para desenvolvedores.
